segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Resenha: Eu sei o que você está pensando, de John Verdon





Título: Eu sei o que você está pensando
Autor: John Verdon
Editora: Arqueiro (Sextante)
Páginas: 339
Sinopse: Eu sei o que você está pensando propõe um enigma que parece insolúvel. Um homem recebe pelo correio uma carta provocadora que termina da seguinte forma: “Se alguém lhe dissesse para pensar em um número, sei em que número você pensaria. Não acredita? Vou provar. Pense em qualquer número de um a mil. Agora veja como conheço seus segredos.”
O destinatário, Mark Mellery, pensa no número 658 e, ao abrir um envelope que acompanha a mensagem, descobre que o autor da carta previu corretamente o número que ele acabara de escolher de modo aleatório. Como isso seria possível?
Desesperado com os bilhetes ameaçadores que se seguem à carta, Mark, um guru da autoajuda, procura um velho colega de faculdade, o brilhante detetive David Gurney, recentemente aposentado do Departamento de Polícia de Nova York.
Olha...
Em primeiro lugar, agradeço a editora Arqueiro por me conceder o livro. Realmente, um dos melhores romances policiais já lidos pela minha pessoa.
Dave Gurney é um detetive aposentado que vive uma crise familiar. Ele sente-se cada vez mais deslocado em seu casamento, com uma mulher de gênio forte e um passado mais forte ainda. Com sua aposentadoria, o plano era que ele esquecesse os assassinatos e vivesse uma velhice agradável ao lado de sua mulher, Madeline. No entanto, isso não acontece: Dave não consegue se distanciar de sua antiga profissão.
Dave tem um problema muito comum: não consegue manter sua mente ao lugar onde está. Ele pode querer falar com sua mulher sobre flores, mas logo sua mente viaja para os crimes que tenta resolver, suas possibilidades e, muitas vezes, ele relembra seu triste e nostálgico passado.
Num dia realmente ruim, Dave recebe um e-mail desesperado de um velho amigo de estudos: Mark Mallery. Este conta que recebeu uma carta assombrosa: o remetente pedia para ele escolher um número de um à mil. Depois de escolher, o autor da carta pede que ele abra um envelope menor, que contém o número que ele escolheu.
Mark escolhe, então, o número 658 de forma aleatória e, ao abrir o envelope, depara-se com o número 658 escrito em tinta vermelha e bastante caprichada.

O remetente pede que Mark lhe envie uma quantia em dinheiro bem específica, que pode ser em dinheiro ou cheque. Pede que envie para um endereço específico em Wycherly. Mark envia um cheque com o valor, no entanto o cheque é devolvido, pois o endereço ao qual o misterioso X. Arybdis .
Mark sente muito medo da situação: se o homem descobriu o número em que ele ia pensar, como não suspeitar que o misterioso remetente poderia saber algo sobre seu passado de bebedeira e atitudes irresponsáveis?

Mark tem certeza de que Dave pode ajudá-lo a descobrir a verdadeira identidade de seu amigo secreto, mais do que ele acha que a polícia poderia ajudá-lo. Dave, em solidariedade ao amigo (e num impulso incontrolável de se envolver novamente com mistérios) aceita o pequeno trabalho que Mark lhe oferece.

Logo, várias cartas se sucedem a primeira, mas desta vez elas vem em forma de poemas, cada vez mais assustadores e, mais tarde, ameaçadoras. Logo, o jogo de cartas e mistérios é quebrado por um assassinato um tanto quanto estranho. A vítima foi morta de maneira estranha, as pistas deixadas não tem pé nem cabeça. Principalmente sem pé. Por isso que a capa faz tanto sentido no decorrer do livro.

O livro é muito bom. Ouvi e li críticas de que era enrolado demais, mas não achei. Sempre que eu pegava eu lia umas 60 páginas sem ver, com muito gosto. Os capítulos são, em sua grande parte, curtos, e acabam sempre com uma situação ou revelação que te deixa com a mão coçando de vontade de continuar lendo. Os mistérios são muito bem feitos e complicados, mas no meio do livro eu já sabia quem era o assassino. Não sei se foi um chute bem feito ou se foi sagacidade (um pouco dos dois, eu diria), mas John Verdon fez um detetive menos rápido que eu, então eu não dou nota máxima pro livro.

Mas vale MUITO a pena! A cada instante eu ficava com mais vontade de ler, e me sentia desafiada a pensar!

Recomento demais!

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